Tiradentes: um mártir da luta contra os impostos abusivos – e o que isso nos ensina até hoje

No dia 21 de abril, o Brasil celebra o feriado de Tiradentes, um nome que ouvimos desde a escola, mas que, muitas vezes, não paramos para refletir a fundo sobre o que ele realmente representa. Além de ser uma data nacional de memória histórica, é também uma oportunidade de refletir sobre temas que continuam muito atuais – como a carga tributária e a justiça fiscal no Brasil.

Quem foi Tiradentes e por que ele é lembrado até hoje?

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi um dos líderes da Inconfidência Mineira, movimento que surgiu no final do século XVIII em Minas Gerais, impulsionado pelo descontentamento da população com os altos tributos cobrados pela Coroa Portuguesa. Naquela época, o Brasil ainda era colônia, e boa parte das riquezas produzidas aqui eram enviadas para a metrópole.

O estopim da revolta foi a chamada derrama – uma cobrança forçada de impostos devidos pelos moradores da capitania. Tiradentes, influenciado pelos ideais iluministas e inspirado pela independência dos Estados Unidos, passou a defender um Brasil livre da exploração econômica de Portugal.

Ele foi preso, julgado e enforcado em 1792, tornando-se o único inconfidente a ser condenado à morte. Com o tempo, sua imagem foi ressignificada: de rebelde, passou a mártir da independência e símbolo da luta contra a opressão.

O que Tiradentes tem a ver com o sistema tributário atual?

Mais de dois séculos depois, a carga tributária ainda é um dos grandes desafios enfrentados por cidadãos e empresários brasileiros. O sentimento de injustiça que motivou a Inconfidência Mineira continua vivo em muitos setores da sociedade.

Hoje, os tributos estão em todo lugar: do café da manhã à conta de luz, passando pelos salários, produtos e serviços. E o problema não é apenas o valor arrecadado, mas a complexidade do sistema e a distribuição desigual dessa carga.

Enquanto grandes empresas conseguem acesso a benefícios fiscais e estruturas de planejamento tributário, pequenos empreendedores, produtores rurais e trabalhadores comuns lidam com um emaranhado de obrigações e alíquotas que muitas vezes parecem indecifráveis.

Por que ainda precisamos falar sobre justiça fiscal?

A luta de Tiradentes não foi contra os impostos em si, mas contra uma cobrança injusta, abusiva e opressora, sem diálogo ou retorno em benefícios para a população. Esse é um ponto fundamental: tributação justa é aquela que contribui para o bem coletivo, com transparência, simplicidade e equidade.

Hoje, discutimos a Reforma Tributária, que promete simplificar esse sistema e torná-lo mais equilibrado. É um momento de atenção e participação ativa, especialmente para quem empreende e gera riqueza no país.

O papel da Trivium nessa discussão

Aqui na Trivium, acompanhamos de perto essas transformações e estamos ao lado de nossos clientes – empresas, produtores e profissionais – para garantir que suas obrigações estejam em dia, mas também para que suas vozes sejam ouvidas nas discussões sobre o futuro da tributação no Brasil.

Entendemos que conhecimento e estratégia são ferramentas fundamentais para enfrentar um sistema ainda marcado pela complexidade e por injustiças históricas. E, assim como Tiradentes, acreditamos na força da informação e da organização como motores de mudança.

Neste 21 de abril, que a memória de Tiradentes nos inspire a continuar lutando por um Brasil mais justo – inclusive no campo tributário.

Se você tem dúvidas sobre como a Reforma Tributária ou outros temas fiscais impactam o seu negócio, fale com a gente. A Trivium está aqui para caminhar ao seu lado, com conhecimento, clareza e comprometimento.